Pesguisa

sexta-feira, 6 de março de 2015

Resenha: Cidades de Papel (John Green)



Quentin é o típico personagem do Green, assim como Cidades de Papel é exatamente o que ele sempre escreve. Dizendo de outra maneira, o livro é simplesmente mais do mesmo e a única coisa que me fez ler o livro até o fim foi a escrita genial do autor, não o enredo e muito menos os personagens.
A história é contada pela perspectiva de Quentin Jacobsen, o Q, que é completamente apaixonado por sua vizinha linda, popular e inteligente, Margo Spiegelman. Q é pego de surpresa quando, em uma bela madrugada, Margo invade o seu quarto pela janela e o convida para uma série de aventuras. Porém, quando a aventura acaba e a manhã chega, Margo havia desaparecido e Quentin resolve procurar por ela.
Durante toda a leitura eu me encontrei procurando alguma novidade, tentando ver as atitudes do Quentin sem enxergar o Miles de “Quem é você, Alasca?” ou o Colin do “Teorema Katherine”, ou ver a Margo e não pensar na Alasca, mas a semelhança dos personagens é inegável! Além disso, o livro passa sem grandes acontecimentos, e de todos os livros que o Green já escreveu, esse é o de menor peso humorístico ou sentimental. O livro só não é uma chatice completa por conta da grande habilidade que o autor possui em prender os leitores, e você se encontra lendo o livro sem sentir nada, sem se apegar a nada nem ninguém, mas acompanhando até o fim.
Por outro lado, eu não diria que o livro é uma grande perda de tempo. Na verdade, traz algumas reflexões interessantes e tem aquele traço forte do Green que são as metáforas. Assim como Alasca tinha seu labirinto, Margo tinha o mundo de papel e fios arrebentando, e devo confessar que uma conversa entre o Radar e o Quentin me deixou bastante pensativa.
Dessa forma, indico o livro pra quem quer mais de John Green, do tipo de coisa que ele escreve, das reflexões que ele propõe e do humor diferente que ele usa. Se espera algo inteiramente novo, esse livro não é pra você, e o que você quer não é John Green.

Boa leitura a todos que amam John Green e querem ler um pouco mais. 

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