Pesguisa

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Belo Desastre (Jamie McGuire) - Um desastre muito pouco belo

Sinopse - Belo Desastre - Jamie McGuire

A nova Abby Abernathy é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão, e tem a quantidade apropriada de cardigãs no guarda-roupa. Abby acredita que seu passado sombrio está bem distante, mas, quando se muda para uma nova cidade com America, sua melhor amiga, para cursar a faculdade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy da universidade. 

Travis Maddox, com seu abdômen definido e seus braços tatuados, é exatamente o que Abby precisa – e deseja – evitar. Ele passa as noites ganhando dinheiro em um clube da luta e os dias seduzindo as garotas da faculdade. Intrigado com a resistência de Abby ao seu charme, Travis a atrai com uma aposta. Se ele perder, terá que ficar sem sexo por um mês. Se ela perder, deverá morar no apartamento de Travis pelo mesmo período. Qualquer que seja o resultado da aposta, Travis nem imagina que finalmente encontrou uma adversária à altura.



Belo Desastre é um romance conturbado, de leitura fácil e um pouco misteriosa. O enredo é simples e até um pouco clichê, mas isso não é, nem de longe, o grande problema do livro. 
O livro é contado pela perspectiva de Abby Abernathy, que está no primeiro ano da faculdade e guarda um segredo sobre o seu passado, até que um dia ela conhece Travis Maddox, o bad boy, famoso por fazer universitárias se apaixonarem e depois descartá-las. Com o tempo, Abby e Travis desenvolvem uma relação de amizade até se apaixonarem perdidamente. Inovador. 
Mas, tudo bem. Eu adoro romances bobos e um clichê gigante às vezes é muito bem vindo. Porém, conforme o livro vai caminhando, a gente conhece os personagens e descobre: o problema não é o enredo ou clichê gigante. O problema, na verdade, são os personagens.
O Travis é um louco machista extremamente infantil e descontrolado, a amiga da Abby e o amigo do Travis são dois personagens mal construídos que tem todos os seus problemas girando em torno da Abby e do Travis, como se eles mesmos não fossem nada mais, além de amigos dos dois. 
A Abby também tem uma cota imensa de infantilidade e inconsequência. Não estou dizendo que o Travis e a Abby deveriam ser santos ou adultos sérios. O  que eu quero dizer é que a partir de certa idade você já aprendeu que não deve sair por aí batendo em todo mundo por causa de um comentário infeliz ou até mesmo apoiar esse tipo de atitude. E você pode dizer "Ah, mas essa é a personalidade dele!". E daí? Uma pessoa não deixa de ser idiota porque ser idiota faz parte da personalidade dela. 
Além disso, os personagens são de um machismo gigantesco, e isso não é discurso sexista! O livro extrapola qualquer limite sobre a igualdade entre os sexos e o machismo. 
Uma última coisa que me incomodou na leitura foi o passado da Abby. Eu seria capaz de matar pra descobrir qual era e quando eu descobri eu fiquei tipo: Ah, é só isso? Acho que a autora poderia, sim, ter sido mais criativa em questão da construção do passado. 
Maaas, o livro não é assim de todo o mal. A leitura é super fácil, rápida e envolvente, mesmo que revoltante em alguns momentos. Além disso, teve algo que me agradou muito no livro. No final, a autora foge daquele grande clichê que assolou o enredo. Nós não tivemos aquele final típico onde o bad boy vira um bom moço pela mocinha. Os dois ainda são os mesmos doidos e inconsequentes e o crescimento que eles conseguiram foi mais na relação entre os dois do que individualmente. 
Enfim, não vou dizer que não vale a pena. É uma excelente distração, mas não vai acrescentar nada na vida de ninguém. A não ser dinheiro na vida de Jamie McGuire e dos editores. 

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