Pesguisa

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ninguém

 A tua voz,
que antes me era reconfortante,
na multidão já não chama atenção.

O teu cheiro que me era inigualável,
não lembro.

O gosto da tua boca,
já não sei mais como é, esqueci.

O teu corpo que eu conhecia
como a palma da mão,
hoje me é um lugar estranho.

Se antes o dia só era bom depois do teu “bom dia”,
hoje, o dia é bom.

por
ser
dia.

A tua ausência que apertava
o peito e me fazia chorar,
hoje,
eu

não
sinto.

E eu pensei que depois de você jamais amaria… Mas daí notei:
Ninguém é insubstituível.
 
— Milena, maio/2015.

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